quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Os promotores de um política da integração política e económica rápida foram liderados pelo presidente da Líbia, o Muammar Gaddafi, que propûs que a ideia de um governo continental seja submetida ao voto. " Pedimos aos chefes de estado que façam referêndos para que se possa ver que toda a gente quer os Estados Unidos da África," disse ele num discurso com aproximadamente 30 líderes na cimeira. A UA tem 53 estados membros.

A Presidenta liberiana a Ellen Johnson-Sirleaf também apoiou o estabelecimento de um governo pan-africano, assim como o Tchad, a Etiópia e o Senegal. "A unidade política é importante para a África. Se continuemos isolados cada um no seu estado, vamos ser politicamente fracos," disse o chefe de estado senegalês o Abdoulaye Wade.

Mas, a maioria dos países – incluindo os mais poderosos como a África do Sl e a Nigéria – ficou no campo dos moderados durante os três dias das discussões.

Enquanto que ele estava de acordo que a África unida terá muito mais poder negociativo nas discussões internacionais , o Presidente queniano o Mwai Kibaki enfatizou a importância de fortalecer os blocos regionais como a Comunidade da África Orinetal (EAC), antes da unidade continental. Pois estes blocos são os tijolos que construirão o governo continental.

A EAC (Quênia, Uganda, Tanzânia, Ruanda e Burundi) está a estabelecer um mercado comúm; e pretende ser uma federação política pelo ano 2013.

O Presidente Yoweri Museveni da Uganda foi muito mais circunspecto. "Insistir na integração política ao nível do continente reunirá os elementos incompativeis que poderá causar a tensão em vez da coesão," disse ele.

"Isto será o caso particularmente se se reune os grupos que querem impôr a identidade deles sobre os outros. Eu nã posso renunciar a minha identidade."

Lesotho estava de acordo. "A integração política completa presupõe a entrega total da soberania. Para alguns de nós isto pode ser um pedido exagerado," disse Pakalitha Mosisili, o Primeiro Ministro deste país da África AUstral.

Agora, espera se que a UA crie uma equipa que será dada um prazo limite para investigar quais os passos necessários para atinjir a integração. O relatório da UA de 2006 sobre o governo pan-africano, 'O Governo da União Africana: Criar os Estados Unidos da África', tinha recomendado a integração em fases visando estabelecer uma administração continental pelo ano 2015.

Os estados individuais terão que ter os debates públicos sobre este assunto para assegurar a participação dos cidadãos no processo da unificação da África.

A sociedade civil já está a dar aos cidadãos uma voz nas discussões sobre um governo pan-africano como foi o caso de uma reunião realisada em Nairobi no mês passado. Nesta reunião, juntou se as opiniões e os pontos de vista dos cidadãos e dos nacionais dos outros países, com o alvo de apresentá-los na cimeira na Gana (veja: 'POLÍTICA-ÁFRICA: Um Continente um Governo').

Para além disso, cerca de 150 grupos não governamentais representando 30 estados africanos estavam em Accra para advogar para a integração africana. Pediram a retirada das restrições da movimentação dos africanos ao longo do continente, dizendo num comunicado que a “cidadania continental " é essencial para estabelecer “um governo continental ".

Num discurso na cimeira, o José Manuel Barroso – o Presidente da Comissão Europeia, o ramo executivo da União Europeia (UE) – declarou que se realisará uma reunião UE-UA de dois em dois anos para que a Europa possa trocar as experiências dela com o processo da integração.

O conceito de um governo da UA primeiro surgiu antes da criação do predecessor da união, a Organização da Unidade Africana. Este agrupamento foi criado em 1963, e foi sucedido pela UA em 2002.

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